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texto resumido a respeito do Hajj (peregrinação): Seus méritos, seus benefícios e algo de suas regras:
Louvado seja Allá e que a Sua paz e graça esteja com o Mensageiro de Allah e com os seus companheiros.
Esse e um texto resumido a respeito do Hajj (peregrinação): Seus méritos, seus benefícios e algo de suas regras:
Ibn Omar (R) relatou que o Mensageiro de Allah (S) disse: “O Islam foi edificado sobre cinco pilares: O testemunho de que não há outra divindade além de Allah e que Mohammad é o Mensageiro de Allah, a prática da oração, o pagamento da zakat, a peregrinação e o jejum durante o mês de Ramadan.” (Tradição narrada por Bukhári e Musslim).
“Abu Huraira (R) relatou que o Profeta (S) fez um discurso, dizendo: “Ó gente, a peregrinação foi instituída sobre vocês; portanto, devem peregrinar.” (Tradição narrada por Musslim, nº 1337).
Ibn Abbás (R) relatou que o Mensageiro de Allah (S) disse: “Quem quiser peregrinar que o faça imediatamente, pois a pessoa pode adoecer, pode se perder e problemas podem surgir.” (Tradição narrado por Abu Daúd, Ibn Mája e Ahmad). Em outra narrativa de Ahmad, ele diz: “Apressem-se em cumprir a peregrinação (a obrigação), pois a pessoa não sabe o que lhe irá acontecer.”
Ambas as narrativas, uma dá apoio à outra. Ver a Obra “Arwá Al Ghalil” do Albáni, 4/168).
Os chafi’itas aceitam o seu atraso, porque o Profeta (S) atrasou o cumprimento até o ano dez. Porém, pode-se dizer:
a) Ele a atrasou por apenas um ano e alguns dizem que o atraso não tem limite.
b) Que o Profeta (S) desejou purificar a Casa dos politeístas e dos desnudos.
c) Que o Profeta (S) ficou ocupado em receber as delegações que se revezavam na sua chegada à Madina para declararem a sua conversão ao Islam. Ver “Ach Charh al Mummatta’” do Cheikh Ibn Ossaimin, 7/17,18.
Abu Huraira (R) disse que ao Profeta (S) foi uma vez perguntado: “Qual ação é a melhor de todas?” Ele respondeu: “Crer em Allah e no Seu Mensageiro.” Foi-lhe perguntado mais: “E o que vem depois?” Ele disse: “Lutar pela causa de Allah (jihad).” Foi-lhe perguntado ainda: “E depois disso?” Ele respondeu: “Uma peregrinação destituída de vícios e defeitos.”
Uma peregrinação destituída de vícios e defeitos significa:
Abu Huraira (R) relatou que ouviu o Profeta (S) dizer: “A pessoa que cumpre a peregrinação, e, durante a mesma, se abstiver da luxúria e dos abusos, ela retornará (da peregrinação) devidamente purificada, como se tivesse sido parida por sua mãe, nesse mesmo dia!” (Tradição narrada por Bukhári, nº 1449 e Musslim, nº 1350).
Abu Huraira (R) também relatou que o Profeta (S) disse: “A Umra (visita a Makka), seguida de outra Umra, expia as faltas cometidas entre as duas. A recompensa para uma peregrinação (livre de vícios) é nada menos que o Paraíso.” (Tradição narrada por Bukhári, nº 1683 e Musslim, nº 1349).
Aicha (R) relatou: “Certa ocasião perguntei ao Profeta (S): ‘Ó Mensageiro de Allah, nós (as mulheres) não deveríamos sair e lutar pela causa de Allah?’ O Profeta disse: ‘A melhor forma de jihad pela causa de Allah, no vosso caso, é a peregrinação livre de todo o vício e defeito.’” Depois de ouvir isso, nunca mais deixei de peregrinar. (Tradição narrada por Bukhári, nº 1762).
Amr Ibn al ‘As relatou que o Profeta (S) disse: “A peregrinação derruba tudo que se praticou antes dela.” (Tradição narrada por Musslim, 121).
Abdullah Ibn Mass’ud (R) relatou que o Mensageiro de Allah (S) disse: “Cumpri a peregrinação e a vista, porque elas eliminam a pobreza e os pecados como o fogo elimina os defeitos do ferro, do ouro e da prata.” (Tradição narrada por Tirmizi, 810, Nassá’i, nº 2631). A tradição foi classificada como fidedigna pelo Albáni em seu livro: “Assaulsula Assahiha”, nº 1200.
Ibn Omar (R) relatou que o Profeta (S) disse: “O combatente pela causa de Allah, o peregrino e o visitante que atenderam a ordem de Allah, se Lhe pedirem algo Ele o concederá.” (Tradição narrada por Ibn Mája, nº 2893). A tradição é boa e classificada como tal pelo Albáni em seu livro: “Assaulsula Assahiha”, nº 1820).
6. Os Benefícios da Peregrinação
Allah, exaltado seja, diz: “Para testemunharem os benefícios que lhes foram dados.” (22:28).
Os benefícios: Terrenos e Religiosos.
Quanto aos religiosos consegue-se a satisfação de Allah, exaltado seja, volta-se com perdão de todos os pecados, aufere as excelentes recompensas que só existem naqueles locais. A oração na Mesquita Sagrada, por exemplo, equivale a cem mil orações. Não existem tawaf (circungiração) nem Sa’i (percorrer a distância entre Safa e Marwa) a não ser naqueles locais.
Entre os benefícios está o encontro com os muçulmanos, o conhecer as suas situações, encontrar-se com os sábios, beneficiar-se deles e expor os problemas a eles.
Quanto aos benefícios terrenos, está o comércio e os outros tipos de lucros relacionados com a peregrinação.
7. Quanto às regras da peregrinação e as suas influências sobre as pessoas:
O cumprimento dos rituais da peregrinação possui inúmeras virtudes e regras enormes. Quem tiver sucesso em compreendê-las e agir de acordo com elas terá muito bem sucedido. Entre elas:
- A viagem para a peregrinação para cumprir os rituais onde se lembra de Allah e da Outra Vida. Como na viagem a gente se separa da família, dos filhos e da pátria, a viagem para a Outra Vida se parece com isso.
- Como o peregrino aumenta a sua provisão para poder chegar aos locais Sagrados, ele se lembra que na sua viagem para o seu Senhor deve levar provisões para atinge a sua segurança. A respeito disso, Allah, exaltado seja, diz: “Equipai-vos de provisões, mas sabei que a melhor provisão é a devoção.” (2:197).
- Como a viagem é um pedaço de sofrimento, a viagem para a outra vida é um sofrimento muito maior. Perante a pessoa estão: a agonia, a morte, o túmulo, a congregação, o prestar contas, a balança, a sirat (ponte sobre o Inferno) então o Paraíso ou o Inferno. Feliz é quem Allah, exaltado seja, salva.
- Quando o peregrino coloca as duas peças do ihram não se lembra a não ser de sua mortalha com que será amortalhado. Isso o leva a se livrar das desobediências e dos pecados. Da mesma forma que se livrou das roupas, deve se livrar dos pecados. Da mesma forma que coloca as duas peças de vestimenta, brancas, limpas, da mesma forma deve o seu coração e seus órgãos estarem brancos, sem serem maculados por pecado ou desobediência.
- Ao dizer no Micat (limite onde se cloca o ihram) Labbaika Allahuma labaik (Eis-me aqui ó Allah, eis-me aqui), isso quer dizer que está atendendo à convocação de seu Senhor.. Como pode continuar cometendo pecados, não atendendo à convocação de seu Senhor para abandoná-los e possa dizer: Labbaika Allahumma labaik, ou seja, estou atendendo a Sua ordem de abandonar os pecados. Já é hora de abandoná-los.
- Ao abandonar as proibições durante seu ihram, ocupando-se em entoar o atendimento e a recordação mostra a situação que o muçulmano deve ter. Nisso há uma instrução a ele e um costume para a alma nisso. Ele treina a si e se educa em deixar as coisas normalmente permitidas, porém Allah as proibiu aqui. Como consegue ultrapassar os limites das proibições de Allah em todos os lugares e tempos?
- O seu ingresso na Casa Sagrada que Allah tornou segura para as pessoas faz o servo lembrar-se da segurança no Dia da Ressurreição. Que a pessoa só consegue alcançar com empenho e cansaço. A coisa mais importante em que a pessoa crê no Dia da Ressurreição é o monoteísmo e o abandono de atribuição de parceiros a Allah. A respeito disso, Allah, exaltado seja, diz: “Os crentes que não obscurecerem a sua fé com injustiças obterão a segurança e serão iluminados. (6:82).
- Ao beijar a Pedra Negra, a primeira coisa dos rituais, educa o visitante a engrandecer a Sunna, não ultrapassar os limites da lei divina com a sua mente incapaz. Ele fica sabendo que o que Allah estabeleceu para as pessoas tem regras para o seu bem-estar. Ele se educa em servir a seu Senhor, exaltado seja. A respeito disso, Ômar Ibn Al Khattab (R), depois de beijar a Pedra Negra, disse: “Sei que és uma pedra que não beneficias nem prejudicas. Se não tivesse visto o Profeta (S) beijar-te eu não a beijaria.” (Tradição narrada por Bukhári, nº 1520 e Musslim, nº 1720).
- Durante o Tawaf, lembra do patriarca Abraão (AS) enquanto construía a Casa para ser congresso e segurança para as pessoas. Que ele (Abraão) convocou-os para a peregrinação para essa Casa. Quando o nosso Profeta Mohammad (S) surgiu, convocou as pessoas para peregrinarem à Casa, também. Da mesma forma, Peregrinaram a ela Moisés, Jonas, Jesus (AS). Essa Casa tornou-se o símbolo para aqueles profetas e um local de encontro deles. Como não, se Allah, exaltado seja, ordenou Abraão (AS) para construí-la e e engrandecê-la?
- Ao beber da água de Zamzam, lembra-se das dádivas de Allah, exaltado seja, para com as pessoas com aquela água abençoada da qual beberam milhões de pessoas no decorrer dos séculos, sem esgotar. Ao beber a água é estimulado a fazer a seguinte súplica informada pelo Profeta (S): “O beber a água de Zamzam serve para a intenção de quem a bebe.” (Tradição narrada por Ibn Mája, nº 3062, Ahmad, nº 14435. É uma tradição classificada como boa por Ibn Al Caiyem em seu livro: “Zad al Ma’ád”, 4/320.
- O Sa’i (o percorrer a distância) entre Safa e Marwa, lembra-lhe o que Hagar, a mãe de Ismael e esposa do Profeta Abraão suportou de aflição. Como ela percorreu reiteradas vezes a distância entre Safa e Marwa à procura de alguém que a livrasse daquela aflição, principalmente quanto ao fornecimento de água para seu filho, Ismael. Se ela foi paciente, recorrendo a seu Senhor. Por isso, se a pessoa fizer o mesmo será melhor para ele. O indivíduo lembra-se do empenho e da paciência da mulher, consegue suportar o que está passando. A mulher se lembra de sua semelhante e também fica mais fácil suportar as vicissitudes.
- O permanecer em Arafa faz o peregrino lembrar-se do congestionamento das pessoas quando da Congregação das pessoas. Se o peregrino se cansa por causa de congestionamento de milhares de pessoas, como será o congestionamento de todas as criaturas, descalças, nuas, sem circuncisão por cinquenta mil anos?
- O ato de se atirar as pedrinhas acostuma o muçulmano na obediência total, mesmo que não saiba qual é o benefício no atirá-las, não conseguindo vincular as regras com os seus motivos, e nisso há a manifestação da total servidão a Allah, exaltado seja.
- Quanto à degola da oferenda, ela lhe lembra do grande acontecimento da execução do Profeta Abraão àa ordem de Allah, exaltado seja, em degolar o seu filho primogênito, Ismael, depois de crescer e ser seu ajudante. Que não há lugar para o sentimento que desobedece a ordem de Allah. Ensina-lhe, também, obedecer a ordem de Allah, de acordo com as palavras de Ismael: “Ó meu pai, faze o que te foi ordenado! Encontrar-me-ás, se Allah quiser, entre os perseverantes!” (37:102).
- Quando tira o ihram, passando a usufruir o que lhe foi proibido durante a peregrinação, ele se educa na paciência e na perseverança, e fica sabendo que com a dificuldade está a facilidade. Que o destino de quem atende as ordens de Allah, é a alegria e a felicidade. Essa alegria só consegue senti-la quem saboreou a doçura da obediência, como a alegria de quem está em jejum e o quebra, ou do praticante das orações voluntárias noturnas após terminá-las.
- Ao encerrar os rituais da peregrinação, tendo-os praticado como Allah estabeleceu e gosta, e completar os rituais pedindo a seu Senhor que lhe perdoe todos os pecados, como o Profeta (S) prometeu, ao dizer: “A pessoa que cumpre a peregrinação, e, durante a mesma, se abstiver da luxúria e dos abusos, ela retornará (da peregrinação) devidamente purificada, como se tivesse sido parida por sua mãe, nesse mesmo dia!” (Tradição narrada por Bukhári, nº 1449 e Musslim, nº 1350).
- Ao retornar para a sua família e filhos, e se alegrar ao encontrá-los, ele se lembra da alegria maior de quando irá encontrá-los no Paraíso de Allah, exaltado seja, conscientizando-se que a perda maior é a perda da alma e da família no Dia da Ressurreição, como Allah, exaltado seja, diz: “Certamente, os desventurados serão aqueles que perderem a si mesmos, juntamente com as suas famílias, no Dia da Ressurreição. Não é esta, acaso, a evidente desventura?” (39:15).
Pedimos a Allah que nos oriente para a Sua obediência e alcançarmos a Sua Casa, a cumprir as nossas obrigações, e que a paz e a graça de Allah esteja com o nosso nobre Profeta Mohammad. Amém.
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